domingo, 29 de dezembro de 2013

• Faz sentido manter um blog?…

Eis a questão que me assalta tanta vez!… E lendo esta citação do sr. Joss Whedon*, encontro algumas das principais razões para persistir ocupando parte do meu tempo a escrever como blogger.

Poucas pessoas me lêem. Talvez até cada vez menos. Mas são poucas mas boas. De excelência. E vão-me aparecendo sempre novos leitores, quase diariamente. Das mais variadas partes deste mundo. Graças aos deuses.

Comentários ao que publico são em menor número ainda do que os leitores… E se estes existissem mais, isso é que poderia funcionar como um bom incentivo para continuar a escrever… 

Mas depois, se tivesse a avalanche de comentários dos blogs de moda, como o da Pipoca Mais Doce ou os do portal Clix, não me restaria muito tempo para novos posts, não é?…

No fundo, escrever é-me necessário como uma terapia. Era bom talvez ter mais motivações. Mas esta já é essencial.

É mesmo como diz o bom do Joss… Escrevo para encontrar as forças que residirão ainda dentro de mim. Para representar um papel do que eu não sou. Mas que secretamente aspiraria a ser. Para espantar os meus receios e angústias, reflectindo sobre estes.

E também para alimentar um caderno de apontamentos. Para que o pequeno Steve Jobs que todos teremos em nós deixar as minhas ideias na forma escrita. Para não as perder. No meu primeiro blog, Ideias Peregrinas (ou talvez não).

Para soltar os meus gritos contra os diferentes status quos vigentes na nossa sociedade contemporânea. De uma forma a roçar sempre uma alegada veia humorística que presumo deter. No meu segundo blog, Cidadania Rasca.

Finalmente, também para manter um foco meu sobre o amor e as relações sentimentais interpessoais. É que l’important c’est la rose, como canta Gilbert Bécaud… Neste meu terceiro blog, onde comecei por querer representar um personagem à la Coluche. E que, como amiúde digo, se tornou num catalisador da árdua tarefa a que me propus abraçar: a procura da minha alma gémea, após o fim da minha última união com outro ser humano.

Escrevo quase só for myself, é certo. Conquistei até hoje poucos leitores fiéis, também. 

Mas já tive o prazer de receber algumas taças. Quando alguém que me descobre através da escrita me diz que ao ler-me lhe terei despertado emoções raras. Isso vale ouro para mim.

E quiçá, já terei descoberto a tal alma gémea. Ou algumas almas que me dão muito boas dicas de como eu amaria que esse mito fosse.  :-)


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* Joss Whedon é um guionista, produtor e realizador de televisão e cinema norte-americano. Entre outras muitas coisas, foi o co-autor do argumento dos filmes da série Toy Story. 

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

• Eu, hoje


Eu em toda esta minha actual vida até aqui vivida procurei sempre fugir da solidão. Mas, com a minha curta ou ingrata memória, creio que nunca me senti verdadeiramente acompanhado. E também nunca fui o melhor companheiro que poderia ser para quem quer que comigo se tenha cruzado…

Não há amor como o primeiro, dizem… Pois esse foi coisa que me proporcionou um só dia de felicidade, há muito tempo atrás. E talvez tenha condicionado toda a minha futura vida amorosa desde que esse dia aconteceu.

Tinha eu 13 aninhos. Era um domingo de primavera á tarde. Em minha casa os convidados para o almoço do costume todo o santo dia do Senhor estavam a conviver à roda da mesa farta que a senhora minha mãe gostava de compor com travessas mil. O repasto havia findado e os adultos pareciam refastelados. Mas como é mister dizer-se, os portugueses gostam de envelhecer à mesa. E ali se quedavam todos na palheta.

Eu senti uma súbita vontade de me evadir daquele ambiente. Como se fosse doutro planeta. E fui prostrar-me ao sol, encavalitado no topo dum muro, a apenas umas dezenas de metros do meu lar, doce lar.

Ali fiquei meditando com a minha consciência, sob o tema habitual em mim: “Is this all there is?…”. A vida será apenas isto?…

E assim estava quietinho, havia prái uma meia hora, quando sou surpreendido por um anjo que resolve se juntar a mim em cima do muro.

Que tinha estado a observar-me. Que quis vir ter comigo. Que queria saber o que eu fazia ali sozinho.

E eu comecei a desenrolar o meu novelo para ela. Que tinha escapulido um pouco da minha realidade para vir para ali estar a sós com o meu pensamento. Mas já que ela tinha querido provar da valia da minha companhia, já não queria estar mais isolado do resto do mundo.

Nunca entendi a sua curiosidade sobre mim, um simples rapazito. E porque estava a ser gentil comigo. Mas gentileza gera gentileza. E eu senti o impulso quase imediato de trocar com ela o meu interior.

Dialogámos durante a tarde inteira, tendo saído daquele muro e vagueando sem rumo pelas ruas do meu bairro. Fomos interpelados por um senhor que me conhecia. Que vendo o clima de entrosamento perguntou se ela era a minha namorada.

Foi só aí que me toquei. Não, ela não era. Eu nem sabia o nome dela. E nem nunca o soube. Não a questionei. Só falei sobre mim. E o interesse dela sobre mim induziu o meu interesse crescente nela. 

Se eu estivesse á procura de uma namorada, eu não quereria nada diferente do que ela estava sendo comigo.

Ela se quis despedir de mim - de nós - quando se deu conta das horas terem passado velozes. Que a sua família devia já estar preocupada com a sua ausência. E nem um beijinho demos.

Supus aquela tardinha um convívio de duas almas semelhantes tão prazeiroso que havíamos de o desejar repetir ambos. E esperei por ela em domingos que se seguiram em cima daquele bendito muro. Mas ela não veio. Nunca mais.

Nestes últimos dias tenho reflectido sobre este anjo. O que será dela hoje em dia? Foi ela real? Ou foi só uma alucinação? Mas se outros a viram comigo… Terá talvez reincarnado em alguém que eu tenha conhecido nos últimos tempos e que também goste de mim?… 

Irão alguma vez estas palavras que aqui vão ficar gravadas chegar até ela ou a sua alma?…

O facto é que ela fez com que no amor eu quase nunca me tenha apetecido empreender o esforço de seduzir. Acreditei que teria apenas de ser eu e deixar que a minha aura fizesse esse trabalho por mim. E depois, era só deixar-me seduzir por quem a minha atenção prendesse com mais entusiasmo.

Não aprendi assim a ser um sedutor. Não sei seduzir. Vaidosamente fui crendo que eu devia mesmo ser a oitava maravilha do mundo.

Até que o pano caiu quando soube o que é ser rejeitado por aquela que eu acreditei seria minha até ao fim dos meus dias. Quando esta tirou a máscara que usou durante nove anos.

Hoje parei de julgar que entre mim e o amor poderá alguma vez mais haver o que quer que seja. E digo mais! Não é por falta de manifestações de carinho, que o recebo todos os santos dias...

Já me resignei a encarar a grande probabilidade de terminar esta vida actual sozinho. E não há grande mal nisso, julgo eu.

domingo, 15 de dezembro de 2013

• Ragione e emozione

"Se il tuo cuore mi può amare tanto quanto al opposto di me,
allora forse preferisco che tu mi ami con il tuo cervello."
 - Giuseppe Pietrini 
(incorporando Friedrich Nietzsche*)

Non potrò mai cadere per l'errore di amare chi è solo cuore. In cui c'è una sete inestinguibile di essere amata. Chiunque è sarà veramente amare così tanto più se stessa che a qualcun altro.

E con una narcisista è ben noto che prima o poi si farà male a coloro che si innamorano di lei e lasciarla entrare a far parte della sua vita. Al di là di tutta la illusione che il suo amore può causare, lei difficilmente sarà un amore a sopportare un'eternità.

Questo è vivere troppo pericolosamente per me. Non lo voglio mai.
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* Il buon vecchio Nietzsche, che ha vissuto parte della sua esistenza a Genoa, Torino e Venezia.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

• Carta aberta a uma mulher

A uma mulher qualquer, que eu já encontrei ou que me encontrará:

Caríssima, 

Tu que me lês as palavras aqui gravadas, que me abordas na rua ou neste ciberespaço imenso, onde até podias bem ter abordado outros, tu que me chamas a atenção sobre ti, tenho a dizer-te que… ai, anjo, tu colocas-me tantas vezes a desejar proclamar-te isto:

Eu quero usar o teu corpo. E que desfrutes do meu.

Deixa que finjamos que tu és aquela que eu amei no passado. Ou a que hoje amo, mas que não está junto a mim. Que não me importo que finjas eu ser aquele que mais terá mexido contigo, pelo teu lado. Quero forrar a pele toda do teu corpo com incontáveis beijos. Quero saciar-me com teus gemidos de êxtase após toda a tua carne ter sentido as minhas ávidas mãos nela. Devolve-me com juros de mora, se te aprouver, as mesmas malfeitorias. Quero que nos fundamos num só. 

Quero que me venhas desinquietar com frequência. Ou só uma vez. E que pagues o preço dessa tua insensata atitude. E que me digas que de muito bom grado o fazes.

Mas ainda quero mais! Eu quero tocar-te a alma. E que tu cutuques a minha à vez, também.

Vem comigo, que te levarei aos meus jardins secretos. Que com nós dois como povoadores, hão-de nos parecer quais raros Alhambras. Ouviremos o suave chilrear das pequenas aves matinais, misturado com o cantar das águas frescas dos riachos e o cheiro da erva molhada. Seremos banhados pelas luzes e sombras de frondosas árvores. Sentir-nos-emos a voltar a viver, como a flor que sente a primavera despontar.

Sai da tua vida e entra por umas horas na minha. E fala-me das tuas desventuras, que eu sou todo ouvidos.

Tu sofreste com a rejeição do teu antigo amante, que um dia desapareceu no éter. Tal como a mim aconteceu também. Tu viste o amor da tua vida dizer o seu último suspiro em teus braços. Tu rompeste com uma situação em que não te sentias preenchida como ser humano inteiro. Tu queres estar só apenas quando for essa a escolha tua. E em comunhão com outro ser quando for a bendita escolha de ambos. Tu achas que o amor tem de ser mais do que isto que até hoje viveste.

Tu queres-me. Tanto como eu a ti. Porque sabemos que juntos vamos voar mais alto. Acima da maioria de nós, humanos. Vamos aflorar a maneira como os deuses são.

Vem. Pega na minha mão. Vem com tudo. Mesmo tudo. Ou não me digas mais nada. Porque me tortura a alma te escutar sem nada poder fazer por ti. Porque tens temor do que nós podemos nos tornar. Porque queres mas ainda temes voltar a amar. E vai. Mas não desistas de sonhar.

“Since I became a lover, this is my occupation…"
- Mawlana Jalal ad-Dln Muhammad Rumi -

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

• O que os homens acham sexy nas mulheres

Um texto que é uma pequena pérola, que hoje aqui decidi reproduzir, recolhido da timeline do facebook de um ilustre senhor, de seu nome José Delaunay. O original pode ser lido aqui.

Eu julgo que tudo isto não será, como se pretende fazer crer, um grande segredo que eles querem partilhar com elas. Porque elas já sabem a cartilha toda, antes de nós! Mas... é um texto divertido.

Passo a citar, com ligeiras correcções:

As mulheres são naturalmente sexy. E este facto ficou ainda mais claro depois de uma pesquisa feita entre leitores dum blog* conhecido desta área perguntando o que eles achavam mais sexy numa mulher. Esse blog recebeu milhares de respostas com vários detalhes femininos que deixam os homens babados.

Aqui fica a lista de 46 coisas que as mulheres nem imaginam que os homens acham sexy:
  1. Cabelo apanhado em rabo de cavalo, com fios soltos;
  2. Ela a usar a camisa ou camisola do homem e mais nada;
  3. Barulho de salto alto pisando o soalho;
  4. Sardas no rosto;
  5. Quando elas conduzem no sexo;
  6. A forma como ela ri;
  7. Quando ela se senta no nosso colo para dar um beijo;
  8. Um belo par de seios;
  9. Quando elas, de vestido ou saia, se esticam para pegar em alguma coisa lá no alto;
  10. O jeito como acordam de cabelo despenteado;
  11. Ela deitada de bruços só de cuecas;
  12. Cabelo cheiroso;
  13. A manha que elas fazem quando chega a hora de nos separarmos;
  14. Ela quando mexe no cabelo;
  15. O jeito como andam descalças na ponta do pé quando o chão está frio;
  16. Ela lambendo os dedos depois de comer uma coisa muito saborosa;
  17. Inteligência;
  18. Quando ela anda pela casa só de cuecas;
  19. Pés bonitos;
  20. A pose delas de fazer xixi, com as perninhas viradas pra dentro e com as cuecas em baixo;
  21. Cabelo molhado;
  22. O jeito dela de se preocupar com a gente;
  23. Um decote bem utilizado;
  24. Quando ela morde a pontinha da haste dos óculos;
  25. Coque despenteado;
  26. A forma na qual o cabelo cai naturalmente no rosto e o jeito dela de tentar ajeitar;
  27. Ela comendo um gelado;
  28. Quando ela fica com frio e usa um casaco nosso;
  29. Vestido comprido e pés descalços;
  30. Ela passando da casa de banho para o quarto só de cuecas para se arranjar;
  31. Covinha nas costas;
  32. O jeito de andar;
  33. Calças e blusa branca;
  34. Tatuagem (principalmente as que só dão pra ver uma parte e deixam todo mundo curioso pra ver o final);
  35. Um pouco de gordurinha para ter onde pegar;
  36. Atitude;
  37. Quando arranham sem magoar;
  38. O rosto dela visto de cima quando dorme no nosso peito;
  39. Quando ela acorda de cuecas e se espreguiça;
  40. Camisola que deixa um ombro de fora;
  41. Ela totalmente depilada;
  42. Camisola sem soutien;
  43. O cheiro delicioso que deixam na casa depois do banho;
  44. Quando elas não usam maquilhagem;
  45. O osso saliente na cintura;
  46. Sentir todo o corpo dela quando dormimos de conchinha.

- fim de citação -

Eu gosto particularmente do “cheiro delicioso que deixam na casa depois do banho”, do “barulho de salto alto pisando o soalho”, do “jeito como andam descalças na ponta do pé quando o chão está frio”, mas sobretudo do “rosto dela visto de cima quando dorme no nosso peito”. E da conchinha, sempre tão deliciosa para ambos… E que traz tanta tranquilidade aos corações envolvidos nesse carinho.

Mas acho que descobri mais uma coisa: os nomes delas. Elas têm nomes de flores. E de outras coisas bonitas. Eu adoro sobretudo aqueles nomes pequeninos. Com três letras apenas. E é tão bom acordar com o nome dela ecoando dentro do nosso pensamento…
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* What blog, I wonder… não é nada explícito para mim qual o blog de que se fala aqui. Mas isso agora não interessa nada, como diria a xôdona Teresa Guilherme, a propósito de todos os temas que ela lança para a discussão, curiosamente.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

• 寂しさ*

“A solidão é o preço que temos
de pagar por termos nascido
neste período moderno,
tão cheio de liberdade,
de independência
e do nosso próprio egoísmo.”

- Natsume Soseki
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* Solidão, em língua japonesa.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

• Vivre en couple

La solitude dans une vie en couple, hélas, ça m’a souvent survenu, ce sentiment… Y a des fois, je me demande si j’ai été conçu pour vivre ensemble avec un autre être humain.

Et pourtant, je le désire avec tout mon âme.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

• Love is...

…to be awaken every day with a very sweet text message*, sometimes even before the sunrise. 

It’s the best way in this world to start a new day. And it doesn’t need to be from the one you love. Or the one who loves you. Or even if both cases are not applicable. From a friend is quite enough. Sometimes I wonder if not even better…
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* Um SMS, para quem não sabe.

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

• O meu aniversário

Faz agora quase quarenta e oito horas que venceu o quinquagésimo terceiro aniversário da minha existência. Não tinha ainda decorrido nem um quarto de hora depois das zero horas desse dia que houve logo alguém que me lembrou que essa data chegara, com um sorriso na voz, vinda de longe.

Hoje mesmo passam também três anos que a minha vida mudou. Eu não o queria ver então. Mas eu vivia num marasmo.

Dois dias após o meu meio século de vida, há três anos atrás, eu iniciei um doloroso processo de purificação. Eu comecei então a chorar uma perda. A perda da minha vida futura, que eu julgava já a ter toda arrumadinha. Hoje reconheço que só perdi uma ilusão.

Naquela época tão adormecido andava que acreditava que tinha algo. E afinal o que eu julgava meu já não o era havia um ror de anos. Se é que alguma vez o foi. Tão depressa se esfumou a dita ilusão.

Se alguma coisa eu tinha, isso afinal não passava de um belo dum castelo de cartas. Condenado à partida a ruir, mais tarde ou mais cedo. E reflectindo bem, eu acho que sempre o soube.

Foi fácil ir cedendo à tentação de deixar de acreditar em amores eternos. Ou em qualquer paixão menos perene. Mas nunca cedi totalmente. E hoje digo: ainda bem.

With a little help from my friends, quase exclusivamente de novas amizades que nasceram após o meu renascimento - e só por causa deste - lá me fui reerguendo.

E desde há mais de um ano que uma destas amizades redundou no sentimento mais puro que julgo alguma vez vivenciei. Uma amizade à distância com alguém a quem eu quero muito bem. Mas a quem não posso hoje amar. Que tenho medo ainda de amar. E se não dou rédea solta ao meu coração é por exclusiva e talvez zelosa prudência minha.

A verdade é que esta amizade encerra em si algo que pode não ser completamente benéfico. Que é a sensação de não precisar de mais nada hoje em dia. Atingi uma zona de conforto onde me sinto bem. Que me faz abandonar ambições de voar para céus mais elevados, como Ícaro fez.

E se calhar é melhor assim. Aqui neste patamar ao menos não me cairão as asas. Nem as minhas nem as de mais ninguém que eu comigo arrastasse.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

• At the end of the road

Have you ever listened to the voice of an angel?... Everyone of us should hear very carefully to every single word spoken by Mr. Azusa Hayano in this video, here.

Japan is one of the countries in this world where people commit suicide in a great number. Being South Korea the country on earth with the largest number of registered cases of suicide.

This, in my personal opinion, is probably due to the fact of these societies in far east Asia promote a high degree of competitiveness, from very early ages, like primary school years. Teenagers and adults are often too much afraid to disappoint expectations that they feel the whole society has for them.

These fears lead too much easily, for the standards of other people, to depression states that can develop suicidal tendencies. Which are already, even by cultural aspects, more common on the japanese people than in other nations.

There must be nowadays not a great number of japanese men who perform hara kiri, which was the way ancient samurai warriors - and some famous personalities of our times, like Yukyo Mishima, one of my favorite writers - took their lives. Today it's by hanging and ingestion of pills or drugs… and with no one watching.

Close to the base of Mount Fuji there's a forest who has turn out into a cult place for those who don't want to live anymore. it's the Aokigahara forest, also known as simply Jukai. This is where Hayano san, our angel in an human form, spends a great deal of his time. I presume from the video referred above, as member of a Suicide Prevention Patrol, as well as a state forests ranger.

The love and concern that this man, Mr. Azusa Hayano, shows in this video for these poor men and women, their countrymen, who are desperate about their lack of hope in the future is, to say the least, inevitable and enormously touching to me.

This man has chosen to dedicate his life to try to help others not to take an end to theirs. To me, this makes him one of the greatest anonymous heroes I have ever heard of. 

He is a kind of human being everyone of us on this world should know about. And that's why I pay here in this blog my profound and most thankful tribute to Mr. Azusa Hayano.

I would have a lot more to say about this theme, suicide. But I think Hayano san says it all, mostly at the end of the video. And his words could so very easily be my own!...

I just hope this video and his example could dissuade many people all over the world from taking the so proven irrational fatal and final step. 

terça-feira, 8 de outubro de 2013

• Trying to figure it all out

In this world nowadays it's everyone for himself. There is no love.

There's a lot of noise in the air from people who are unsatisfied. Some from being alone. Others on a relationship which has seen better days. All would like to start a new chapter in their lives. But few, very few people react. Radical steps forward are always postponed in our minds. Sadly.

I'm sick of this constant noise, sometimes. I know what I want. I'm free to do whatever I feel like to. I'm free to go anywhere in this whole world. I'm good. I'm a damn good guy! A smart one. Sometimes enlighten. Above the crowd. Different from the rest of the herd.

I'm going to find my way. I'm still gonna be happy. Happier than I ever was in this life.

domingo, 15 de setembro de 2013

• À espera de ser salvo

Dias há nesta vida em que já nada parece valer a pena. 

Como eu disse a alguém, num dia cinzento dessa alma, todos nós que somos incapazes de não sentir temos dias assim. Mas continuamos cá. Porque sabemos que existem ciclos. E a seguir a uma fase de algum negativismo deve vir a onda que nos impulsiona para o topo, outra vez.

Outra coisa que me faz não desistir é não querer que quem me menosprezou não tenha qualquer hipótese de assistir, sequer de longe, à minha lenta e já nem penosa decadência.

Mas a verdade é que me sinto sem ânimo. Para nada. Preciso de quem me salve. De quem me mostre uma realidade pela qual valha a pena me mexer.

Esse alguém que será o meu salvador terá de ter como que uma paixão pelo restauro de objectos antigos. Porque é como me sinto. Como uma antiguidade. Como algo que já teve uma vida útil que se terá talvez esgotado. Como algo que poderá ainda ter um papel decorativo. Prestativo. Útil, de algum modo. Valioso, até. Talvez...

Encontrarei ou serei encontrado por alguém assim?… Terá essa alma toda a abnegação necessária para se dedicar a salvar-me? Se vir que tenho valor suficiente, claro…

Eu sei. Nós não podemos esperar só por um salvador para cada um de nós. Temos de saber funcionar em modo IKEA. Isto é, para quem não terá percebido, com o DIY* engrenado. Mas… 

...Olhem, apetece-me sonhar. Deixai-me sonhar que ainda posso ter valia para outra alma como a minha. E que ela me encontrará. E que ela me salva e eu a ela. Que nos salvamos juntos.
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* DIY: Do It Yourself. Ou em português, desenmerda-te.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

• Somos todos fúteis...

Isto tem andado a remoer na minha mente de uma forma incessante, desde que aconteceu...

Reparemos: um canal de TV que cresceu e prospera à sombra dessa coisa tão transcendentemente útil que são os reality shows… põe em horário nobre - para ver, clicar aqui - uma sua jornalista, com um ar absolutamente paternalista e auto-dotada de uma grande superioridade moral, a perguntar a um pobre menino rico se ele tem a noção do quanto é fútil a sua vivência, dedicada a gastar tempo e dinheiro a divertir-se à grande e à francesa!…

Apetece-me dizer "I rest my case"… Mas não. Vou mesmo purgar o que me vai na alma hoje, finalmente.

Para um banqueiro avarento, que dedica a sua vida a amealhar até mais não carcanhol, ver um playboyzito a gastá-lo como se não houvesse amanhã, parecer-lhe-á tal atitude da maior futilidade possível e imaginária. Mas do ponto de vista do playboy, não haverá também menor futilidade em só arrebanhar aquilo com se compram os melões e acabar por não os comprar. E com carradas de razão, a meu ver!…

Afinal, haverá melhor emprego para o vil metal do que tentar comprar com este um pedacinho de felicidade, mesmo que efémera?...

Para um grande sábio, a vida de um camponês eremita consagrada apenas a plantar umas couves para as suas sopinhas pode parecer fútil. Tratar tão-só da sua auto-subsistência, sem tempo para a busca do conhecimento… mas o camponês também vê como fútil o sábio que perde todo o seu tempo a ler calhamaços, sem depois partilhar com ninguém o conhecimento adquirido.

Para um funcionário público de uma qualquer repartição de finanças eu sou fútil. Porque estou desempregado e nada produzo para o bem comum desta nossa sociedade. Mas eu também vejo a sua actividade profissional recheada de uma enorme futilidade. Requerimentos, pareceres, relatórios de contas… Que sumo é que se pode extrair disto tudo, depois de bem espremidinho?…

Fúteis são a esmagadora maioria das actividades humanas. Fútil têm sido algumas das profissões que já exerci. Como a publicidade e as vendas de produtos e serviços, todos eles fúteis.

Fúteis têm sido os meus esforços para voltar a ter uma nova actividade profissional remunerada, com que eu possa garantir a minha existência fútil. E quando deixarem de ser fúteis por finalmente darem resultados, estes serão muito provavelmente eu ter um novo emprego em funções com certeza fúteis.

Até altos cargos são fúteis. Fúteis têm sido muitos exemplos superiores de exercícios de poder. Desse poder detido por reis presidentes, ministros, chanceleres e outros quejandos. Que existem e deviam agir para nos servir a todos nós. Mas que são bastas vezes tão inábeis a fazê-lo.

Fúteis são todos os templos e orações que os homens fazem a deuses que não existem.

Fúteis são todas as guerras. Porque nunca há nestas absolutos vencedores e vencidos. Mas sempre há a fútil perda de vidas humanas. Por causas fúteis. Toda a causa de natureza política, social ou económica que exija o sacrifício de uma só vida humana tem de ser fútil.

Mas não são só os ódios que alimentam as guerras que são fúteis. Também o são aqueles amores que acabam e que não deram frutos.

De um particular ponto de vista, toda a vida pode sempre ser vista como fútil, afinal. Ainda que não o queiramos ver assim.

E, finalmente, fútil foi este presente exercício de escrita. Porque não despertará quaisquer consciências. Porque quase ninguém o lerá. E quem o vier a fazer provavelmente virá a esquecer o que leu.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

• Szuka, szuka, szuka*...

I miss my bitch. That's right!...

I think I no more miss the one who happen to be my last bitch. No. What I miss is to have around the house a bitch of my own. My own personal bitch.

My last bitch was the best and the worst bitch there is or that could have been to me. The worst because she was, in the end, a real bitch. By the way she handled my broken heart. The best because she got me used to have my bitch. I'm greatly dependent on the concept of having my bitch by my side. Until the end of times.

But I must clarify what I mean to miss my bitch…

To me, to miss my bitch means to miss being desired by someone else. To miss having someone who wants my body and soul and my tenderness. Someone who wants me to be her bitch, as well.

I don't mean I want to have sex all the time. No. I mean I'm more like addicted to cuddling. And I like to shout the sweet name of the person I love. And have that person willing to jump on my arms that very minute. This has happened to be so much often in the past not to cease to wish it. Always and forever! Without getting tired of it a single day.

That's what bitches are for. To make us dependent on their dazzling spell. And in that sweet process, stupidly happy.

The thing is… I have a great deal of wonderful friends. Of those who really care. Of those who are truly of the loving kind. But I'm unable to see on any of them my brand new bitch. It would take someone even more crazy than me.

I have chosen to live my life in an almost absolute freedom from possession of material beings. And there's no one I know who could follow me, with all the consequences that this way of living brings.

So, I probably must stop to miss having a bitch of my own. I must get used to the idea of becoming a hermit. Sadly? Perhaps…
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* Bitch, in hungarian.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

• Do prazer*

Se um dia, num futuro risonho, o que eu vou deixando escrito aqui neste blog passar a letra de imprensa, em páginas de um livro... E ao caminhar à beira-mar eu me deparar com uma outra alma que vá ficando assim, absorta nas palavras que os céus me foram ditando… 

...então terá valido a pena.
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* Do prazer da leitura, do leitor e do escritor. Do prazer de todas as partes envolvidas. Do prazer, tout court.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

• Avis

Em Avis avista-se terra a perder de vista.

Ontem enchi os meus olhos com a mesma vista com que o Mestre de Avis cresceu enquanto menino. Na sua educação castrense foi com certeza inculcado o temor ao que poderia vir do leste, lá nos confins da linha do horizonte: a ambição de Castela pelo reino de Portugal.

Com uma impagável liberdade, ao poder dominar o mesmo horizonte neste glorioso dia, senti-me bem na minha pele, como um pequeno e incógnito rei.

Demandei aquelas paragens vindo da capital. Da grande Olissipo, onde sempre vivi toda a minha existência*.

O Mestre de Avis teve no Convento de São Bento provavelmente as suas fontes de saber. A sua biblioteca de Alexandria. Eu, enquanto infante e adolescente, vivi ou frequentei a casa dos meus avós maternos ao Campo Pequeno. Onde tinha à mão a biblioteca municipal do Palácio das Galveias.

Galveias, que é justamente outro ponto geográfico elevado muito próximo a esta terra de Avis. Mas pertencente a um outro município vizinho, Ponte de Sor. Galveias, uma das mais ricas juntas de freguesia do nosso país. Onde foi construída uma amostra de Alhambra dos tempos modernos.

Se não é Juno, parece...
Galveias, que é ainda e sempre foi, veja-se lá, a morada da minha… irmã.

Uma irmã em espírito, de que conhecia sua alma semelhante à minha desde há um par de anos. Mas de quem só vi os olhos ontem também.

A minha vida, não me canso de o dizer aqui, é mesmo um lugar estranho. Mas há dias em que, juro-vos, não a trocaria por nenhuma outra.
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* À excepção de um ano quase inteiro de calendário, em que uma temporária vida castrense compulsivamente fez do arquipélago da Madeira o meu lar.

sábado, 20 de julho de 2013

• Perché deve essere...


Perché deve essere un altare.
Sempre.
Anche se solo nella nostra mente.
Perché è qua che riceveremo gli grazie uno dell'altro.
Perché non può essere banale.
Perché deve essere un rituale
A la nostra madre natura. Ai cieli.
A noi.
Ai nostri affetti.
A la nostra unione.
Sacra.

sábado, 13 de julho de 2013

• Tu...

Tu me fizeste ver que embora amizades não sejam tal qual amores, ainda assim podem ajudar-nos, e muito, a suplantar as dores dessas paixões ardentes que se extinguem em cinzas que demoram as calendas a arrefecer.

Tu tens um curioso efeito em mim, meu anjo... G2S6DTUJUCGS

Eu depois de te escrever uma frase qualquer, dou por mim a pensar: "Eu não sei se ela me vai compreender completamente... mas esta tirada agora saiu-me com estilo, caramba!…".

Tu fazes-me escolher para te dizer aquelas palavras mais verdadeiras e, ao mesmo tempo, brilhantes. Por ti, sinto-me impulsionado para ir subindo por essa escadaria onde Cyrano de Bergerac espera no cimo.

E amarmo-nos não poderemos… mas nascemos ambos destinados a que as nossas existências se cruzassem. Em momentos em que algumas melancólicas trevas prometam ameaçar pairar a um ou ao outro. Para nos unirmos em espírito e as afastarmos.

Os amanhãs deste modo sorrirão para nós. Sentimo-lo. 

Mas ainda assim, tal como eu, tu demandas ás estrelas, quando a sós te encontras com estas, se sabem boas novas do que o criador deste universo destinará para essa partícula celeste que tu és.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

• Das relações - parte II

Em qualquer nova relação nascente, seja uma simples amizade ou a mais tórrida paixão amorosa, uma das coisas que mais fascina cada um, que mais faz a relação se fortalecer é, a meu ver, a coincidência de pontos de vista sobre aqueles aspectos que mais tocam aos dois.

Por outro lado, um dos factos que mais faz enfraquecer uma relação, quando nesta se navega já de mansinho, a uma velocidade de cruzeiro, no velho rame-rame, é a divergência de pontos de vista sobre os mesmos aspectos que inicialmente unia as partes. O que é sempre possível, porque as pessoas mudam. Isso ou sobre novos aspectos, entretanto emergentes.

Duas pessoas terem sempre coincidência de pontos de vista sobre tudo é do domínio da perfeição absoluta. Logo, não é de esperar que aconteça com muita frequência, se é que alguma.

Isso seria o óptimo, se acontecesse. Mas não contemos com o óptimo. O bom é quando há a tal coincidência na grande maioria ou nos mais sensíveis ou importantes pontos de vista.

É preciso ser atento aos sinais. Porque talvez não valha a pena investir ou persistir numa relação quando começam a multiplicar-se os silêncios. A não partilha de opiniões por se julgar que a outra parte não esteja preparada para ouvir - quanto mais pensar sobre - esses pontos de vista polémicos.

Eu já caí no erro de deixar aumentar o número de assuntos sobre os quais não se fala, pronto. E posso comprovar que não dá certo, a médio ou longo prazo.

Mais vale enfrentar. Confrontar. A relação só poderá continuar a seguir um bom rumo depois. Ou findar a viagem ali e não se perder mais tempo de ninguém. 

domingo, 30 de junho de 2013

• Eu, autista

É como me sinto. Como vou vivendo. Desligado de tudo. Como se um certo autismo se apoderasse de mim.

Arranjei uma expressão que julgo me define bem. Que é:

"Desempregado da Paixão e Desapaixonado do Emprego."

Desempregado da Paixão porque terminei há cerca de dois anos e meio uma relação união de facto que persistiu durante nove anos. E não voltei a viver em comum com ninguém desde então.

Não é fácil para um tipo como eu pegar em noves anos da história da nossa vida e amarrotá-los como uma folha em que se foi desenhando um rascunho tosco. Mas é-me imperioso fazê-lo.

Aquela que comigo viveu teve a sua maluquice a caducar. Tornou-se mais madura ao ponto de não poder estar mais ao lado de um cromo como eu. A minha personalidade exige uma grande dose de loucura para me compreender e me aturar.

Olhando friamente hoje em dia, esta minha última relação sentimental foi uma grande aberração. E toda a gente ao nosso redor o via excepto nós. Ou apenas eu. Tinhamos pouco em comum. Só talvez mesmo uma invulgar falta de juizo, que parecia inesgotável nos dois em simultâneo. Mas não o foi, da parte dela. O que ditou um final afinal tão previsível. Allah é grande!...

Agora encontrar outra doida igual não está fácil… Ou, já agora, porque não, de qualidade igual ou superior à que ela tinha. Afinal, não posso contentar-me com nada menos do que isso. Preciso de garantias bem seguras de que da próxima, se esta vier a existir sequer, resultará. Estou muito mas muito escaldado.

Assim, sou um namorado no desemprego de longa duração. E vou provavelmente continuar por muito tempo. É que também não devo interessar para o mercado das paixões. Apesar da procura neste mercado estar em crescimento e a oferta escassear.

Acresce a esta conjuntura sentimental toda o facto de eu também a nível profissional estar desempregado há pouco menos de meio ano. Não é muito, comparado com outras situações pessoais mais debilitadas, mas…

…o meu maior ponto fraco é que também estou, tal como disse atrás, Desapaixonado do Emprego. Ou seja, vou deixando de saber o que me encantaria fazer como profissão.

Já tive vários métiers, e muito apaixonantes. Professor do ensino secundário, engenheiro na área das energias renováveis, designer gráfico em departamentos criativos de agências de publicidade, formador de novas tecnologias, etc…

Hoje em dia nada disto me atrai grandemente. Ou ao menos como trabalhador por conta de outrém. Ou aqui no meu país, onde quase deixou de valer a pena como investimento na carreira profissional.

Dou por mim a acontecer-me isto: um porta-aviões yankee fundeia na barra do Tejo. E eu começo a sonhar ser um membro da imensa tripulação desse grande barquito. Sempre deveria poder caber lá mais um como eu. Mas depois não. O encanto dura poucos minutos. 

Já sonhei ir para o frio da Antárctica, para uma qualquer missão científica numa estação polar. Já equacionei viver na orla do quente deserto arábico. Ou nas grandes urbes nascentes na imensidão das estepes asiáticas dos povos kazakhs e uzbeks. Já pensei tanta coisa e tão pouco madura!…

Algumas ideias ainda devo a mim mesmo passá-las à forma escrita nos meus blogs, que é para isso que servem, senão para mais nada.

O busílis é saber também quais os skills que ainda tenho e em que é que eu posso empregá-los a bem de uma comunidade. Acho que já não tenho jeito p'ra nada excepto talvez para escrever. E mesmo isso é altamente discutível. Porque a minha escrita tem uma produção que não se escoa gerando os seus leitores em número satisfatório, expectável ou desejável por mim.

Se calhar, o que eu mais anseio é ter um dia o dinheiro suficiente para abrir uma pequena estalagem e viver de explorá-la até ao fim dos meus dias. Em paz e sossego e longe da agitação do mundo actual.