segunda-feira, 20 de abril de 2015

• Vamos falar de sexo


Hoje apetece-me dar uma de Júlio Machado Vaz. E falar da coisa. De sexo. Porque fiz uma descoberta engraçada.

Como diria Jack, o estripador, vamos por partes… Pairou assim debaixo dos meus olhos uma expressão na língua de Molière que tout d’un coup achei deliciosa. Pesquiso-a no Google e encontro que esta será característica de umas paragens deste mundo que ao de leve e desde sempre me fascinaram.

Em concreto, daquela parte da América do Norte em que o idioma anglo-saxónico não conseguiu extinguir o uso de outro, de uma nação colonizadora eterna rival. Vá, para pôr as coisas absolutamente preto no branco, do francês.

Ok, é ao Quebec que me refiro. A essa província do Canadá que aspirou ainda há só alguns anos atrás a ser um país independente. Onde o sotaque das suas gentes francófonas é hilariante.

Para os franceses na Europa, os habitantes do Quebec c’est des drôles de gens. Mas alto lá com as québécoises!… Respeitinho com elas… Que põem as francesas num chinelo!

Se culturalmente em França temos já um povo muito habituado a libertinagens, por comparação com os seus irmãos latinos para começar, e acabando na generalidade dos outros povos europeus, no Quebec a coisa fica ainda melhor…

Se em França y a pas mal de femmes coquines, no Quebec então elas são mais atiradiças. E não deixam os assuntos apenas nas mãos dos homens. São elas que avançam em cima de nós em primeiro lugar.

E isto para os franciús é bom de mais!… Se na velha Europa draguer é geralmente uma iniciativa que tem de partir deles, no novo mundo não é preciso se darem a essa trabalheira. Elas é que nos assediam na maior das naturalidades, se nos acharem mignons.

Tentando fazer um paralelo, deve ser um pouco como o mito urbano que os tugas têm das zuquinhas lá nas terras de Vera Cruz da Pindorama.

Mas voltando às nossas québécoises, parece que é uma característica endémica falarem bués durante o acto. Ou ao menos bem mais que as francesinhas. E eu até que nem me posso queixar muito destas últimas, que já fui um dia duma. E foi talvez o entrosamento mais tórrido que tive e terei na minha actual vidinha…

E agora vamos chegar finalmente àquela expressão que foi o mote deste post. Que é do cacete… e reza assim:

“Tape au fond, j'suis pas ta mère!…”

Convenhamos, estarmos no meio daquele frenesim gostoso e a nossa parceira invocar a imagem da nossa querida mamãe para aquela façanha ilustre… Não é para todos continuar e segurar aquela pica com que até aí vínhamos. Mas eu até que percebo a ideia delas.

Outras expressões bem marotas que as piquenas do leste do Canadá - que eu me dispenso de traduzir para português; quem quiser que o faça por sua iniciativa - soem produzir na fase pré-coito ou durante, assim à laia de teasers ou turn-ons são:

“Défonce-moi l’abribus!…”

“Prends-moi par le péteux!…”

Ou ainda o quebra-gelo preferido de muito tímido rapazito parisiense:

“Casse-moi tout là dedans, j'veux plus rien reconnaitre!…”

Mesdames et mademoiselles do outro lado do Atlântico, un jour j’arrive dans le coin. Afinal, se eu quero ser Presidente das Nações Unidas, tenho de conhecer todo o meu eleitorado.

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